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segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

RETALHOS DE UMA HISTÓRIA (4)

O DOMÍNIO TURCO E DOS HABSBURGOS



O coração do território húngaro passou a estar sob domínio turco, enquanto nas regiões ocidentais e meridionais, na chamada “Hungria Real”, dominavam os Habsburgos. O principado da Transilvânia foi o único que manteve a sua independência. Só em 1686 é que o exercito austríaco conseguiu vencer os Turcos. Mas a liberdade tem um preço muito caro: a Coroa húngara passou para os Habsburgos. Mas não foi tudo, pois, por ordem destes, um grande número de colonos estabeleceu-se na terra barbaramente saqueada e despovoada pelos turcos. Quase um milhão de suevos se fixou no Banato e na Hungria Central ; romenos, eslovacos e eslavos das regiões meridionais estabeleceram-se dentro do país. Desta maneira, os Magiares, de população dominante, tornam-se minoria. Quando, em Março de 1848, rebentou a revolução de Viena, a Hungria, chefiada por Lajos Kossuth (1802-1894), proclamou a sua independência. Só com a ajuda das tropas russas conseguiram os Habsburgos suster a revolução e os chefes foram todos justiçados; excepto Kossuth, que conseguiu fugir. Depois da derrota da guerra contra a Prússia e da subsequente perda do poder, a Áustria viu-se obrigada a um acordo sobre a questão húngara. O imperador Francisco José (1830-1916) foi coroado rei da Hungria, nascendo, assim, a dupla monarquia austro-húngara. Os dois estados tinham em comum a política externa, a defesa e a economia, mas a Hungria gozava de total independência em matéria de política interna. A nobreza magiar, que, de facto, conservara intactos todos os seus privilégios adquiridos no passado, tornou-se a classe dominante. A política de “magiarização”, realizada pelo governo, declarou o húngaro língua oficial. (continua)

in Terras e Gentes - Europa do Norte e Europa do Leste

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