Páginas

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A NOVA VARSÓVIA

VARSÓVIA



É inevitável estar-se em Varsóvia sem se imaginar o quanto poderá aquela cidade ter sido desfeita. Não sei se seria melhor pensar que tudo ali era normal, que aquele sitio não tinha sido vítima de uma das maiores destruições urbanas de que reza a história, se não a maior. Mas é mesmo inevitável, e a cada rua descida, a imaginação assaltava e tornava-se difícil olhar para a Varsóvia de hoje. No entanto, tudo estava apenas na minha cabeça, de facto, a Varsóvia de hoje é uma cidade que parece ser como tantas outras que foram crescendo, crescendo sem interrupção. Uma cidade que parece nada ter haver com a história da outra que os alemães decidiram matar. Infelizmente a minha visita resumiu-se a alguns poucos passeios, não os suficientes para ter uma ideia relativamente bem formada acerca da sua vida. Desde a estação até entrar avenida Marszałkowska tivemos apenas tempo de olhar alguns minutos para o enorme Palácio da Cultura e da Ciência, talvez o edifício mais relevante da cidade. Logo ali na esquina entre a rua Jerozolimskie e a Marszałkowska estende-se a imagem de uma “Piccadilly” à moda de Varsóvia, um pouco mais abaixo chegámos ao local que nos abrigou durante os dois dias de estadia. Os passeios entre o Hotel e a cidade velha eram agradáveis, o grande desafio era escolher em qual dos restaurantes entrar para a devida e saborosa pausa entre os passeios. Irónicamente, aproveitei os dias na capital polaca para descansar um pouco e na verdade consegui. Não encontrei uma Varsóvia tão inquieta como me tinha explicado, pelo contrário, encontrei uma cidade bastante relaxada. Acho que devo um pedido de desculpas à cidade pelo facto do meu espírito de explorador ter estado muito em baixo, assim terá que ficar prometida uma nova visita à capital polaca.