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terça-feira, 8 de agosto de 2006

OMAR, O ISLÃO E OS GYROS

Omar nasceu na Bélgica, é filho de um marroquino e de uma francesa. Conheci-o há poucos dias em Budapeste durante a sua visita turística à capital húngara. Não é que eu fale melhor que ele, mas o seu inglês com sotaque francês origina-me umas valentes risadas, não são maldosas, são apenas risadas de puto. Risadas de putos que facilmente encontram razões para o fazer. Tento sempre escapar-lhe, e muitas vezes consigo. Não é que não me saiba bem ter risadas de puto, até pelo contrário, mas por razões claras, neste caso, tento evitá-las. Omar vive em Bruxelas desde a sua nascença, todavia as relações com o Alcorão e com a religião muçulmana são bastante fortes. Omar aprendeu árabe na Bélgica, utiliza-o diáriamente na comunicação com o seu pai e visita Marrocos todos os anos. Apesar da sua vontade em conhecer uma discoteca húngara e talvez dar um pézinho de dança com uma das meninas bonitas da zona, acabámos mais uma vez por optar por um dos clubes ”underground” de Budapeste. Entretanto, já lá, ficámos ambos com fome e lembrei-me que podiamos comer um ”Gyros”, ele achou boa ideia e fomos. Disse-lhe ainda que aquele ”Gyros Büfé” era o melhor que eu conhecia em Budapeste. Pedi o meu. Enquanto a empregada o preparava, o Omar perguntou-me se a carne era de porco. Já tinha comido aquilo algumas vezes, mas não lhe sabia responder. Tentou perguntar à empregada, ela nem sequer o entendeu. Acabou por pedir o mesmo que eu. Andámos novamente em direcção ao clube de onde tínhamos vindo. Acabei o meu ”Gyros” e reparei que ele guardava o dele sem prácticamente o ter trincado, primeiro pensei que o estivesse a guardar para o saborear sentado e com mais calma. Mas com um leve suspiro, ele voltou-se para mim e disse: ”É porco”… Só então percebi o que se passava. No Islão o porco é alimento proibido. Foi a primeira vez que comi dois ”Gyros” seguidos. Agora prometi que só daqui a alguns dias (ou semanas) os voltarei a comer. Senti-me um bocado culpado e disse ao Omar que o poderia levar a outro sítio e esperar por ele. Ele achou que aguentava mais um bocado. Como recompensa prometi que da próxima vez iria com ele a uma discoteca.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

BUDAPESTE

BUDAPESTE - 01 AGOSTO, 2006

SURFING ON!

Agora já estou registado no CouchSurfing. Aconteceu esta semana, foi rápido e eficaz! Os participantes comprometem-se em arranjar um espacito lá em casa e daí em diante é só comprar o bilhete para a viagem. A minha primeira visita está quase a caminho, o Josip vem da Croácia e antes de voar para férias em Portugal, descansa 2 dias em Budapeste. Vai ser então a primeira aventura do sofá. Mas para a próxima quero ser eu a surfar. A prancha: www.couchsurfing.com

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

A PONTE CHUCK NORRIS

Li no site da Reuters que Budapeste vai ter, em 2008, uma nova ponte a atravessar o Danúbio, vai ser a norte da cidade. Esta será a ponte número dez que liga Buda a Peste. O nome da ponte ainda não está escolhido, mas agora está em curso uma votação (que pode ser feita através da internet) para achar o nome ideal da ponte. As opções são bastantes, mas parece que os votantes estão mais inclinados para a acção, o Chuck Norris está na frente. Assim, depois da ponte Erzsébet, da Margit, da Árpád, da Petőfi, da Lánchíd, da Lágymányosi, da Szabadság, da Északi Összekötő Vasúti e da Gubacsi poderá nascer em Budapeste a Chuck Norris Híd. E pronto, vamos ver quem ganha a corrida!