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domingo, 14 de agosto de 2005

RETALHOS DE UMA HISTÓRIA (3)

A HISTÓRIA

Habitada desde tempos pré-históricos, a Hungria foi primeiramente povoada pelos Celtas e depois conquistada pelos Romanos, que a organizaram como província da Panónia, dividida em Superior e Inferior. O declínio do império Romano marcou o advento de um longo período de instabilidade política. No século VI, fixaram-se aí as tribos dos Ávaros provenientes da Ásia, cujo predomínio só acabou com a intervenção do rei dos Francos, Carlos Magno (747-814). No fim do século IX chegaram à Panónia grupos de magiares belicosos, provenientes das áreas situadas entre Volga e os Urales, que expulsaram as populações da região e a ocuparam. As frequentes incursões na Europa Central e Meridional, assim como em Bizâncio, fizeram dos Magiares, durante cerca de meio século, o terror da Europa, até que Otão I (912-73) os derrotou definitivamente na batalha de Lechfeld, próximo de Augusta. A derrota obrigou os Húngaros a abandonar os seus hábitos nómadas e a tornarem-se sedentários. Estêvão I, o santo (c. 975-1038), difundiu o cristianismo no país e no ano 1000 o papa concedeu-lhe a dignidade real. Desta maneira, os Húngaros entraram de direito na grande assembleia dos europeus cristianizados. A Hungria tornou-se uma potência da Europa Central, pois anexou a Transilvânia, a Bósnia, a Croácia e a Dalmácia. O país rapidamente se refez da invasão mongol de 1241 e até o perigo turco, no século XV, pôde inicialmente ser facilmente controlado. No tempo de Matias I Corvino (1443-90), o reino da Hungria atinge o esplendor máximo. Posteriores anexações territoriais e a mudança da corte para Viena aconteceram ao mesmo tempo que um florescimento cultural que se inseria perfeitamente no clima de renovação propugnado pelo Humanismo e pelo Renascimento. Com a morte de Matias ruiu também o reino da Hungria. No campo de batalha de Mohács (1526, já não se pôde travar o avanço turco. (continua)

in Terras e Gentes - Europa do Norte e Europa do Leste