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sexta-feira, 9 de junho de 2006

DIA DO DIABO... OU NEM POR ISSO

BUDAPESTE



Dizem que cheguei a Budapeste no dia do diabo. Para piorar ainda mais qualquer supersticão deram-me o apartamento número 66. Na verdade não me lembro de ver diabos no dia 06 do 06 de 06, até pelo contrário. Estranho é apenas o facto de as chaves que me deram para abrir as portas que apanho antes de entrar em casa virem acompanhadas de um porta-chaves da Junta de Freguesia da Benedita. Até hoje ainda não sei porque razão aquilo ali estava, mas fiquei triste porque até podia ter sido um da Marinha Grande. Por outro lado estou contente porque cheguei à conclusão que entendo algumas coisas de húngaro. Consegui perceber que uma mãe estava zangada com a filha, ela gritava alto e deu-lhe um estalo na cara. Depois fui passear na ”Margit Sziget”, um óptimo sitio para repousar, fazer desporto, ler, namorar e por ai fora… Parei perto de um casal de namorados. Da forma como trocavam carinhos percebi que estavam mesmo apaixonados e tentei deixa-los mais à vontade. Percebi ainda que os garotos de uma escola por onde passei estavam muito felizes a brincar no pátio, corriam uns atrás dos outros e riam muito alto. Às vezes as pessoas dizem-me ”Köszönöm” depois de eu fazer alguma coisa… Por exemplo, depois de abrir a porta do elevador e primeiro deixar passar essa pessoa; depois de me levantar para deixar alguém mais idoso sentar-se na cadeira do autocarro onde eu estava; depois de pagar algo que comprei numa loja. Ou seja, depois de ajudar em qualquer coisa. ”Köszönöm” significa ”Obrigado”. Confesso também que agora já sei o caminho para casa, mas na primeira noite que fui sozinho a coisa não estava fácil, mas mais volta menos volta, lá dei com o prédio.

3 comentários:

Catarina disse...

:) a tua aprendizagem de hungaro é fantástica ... há portugueses que nem isso em portugal percebem. Agora é um dia de cada vez ha descoberta. E isso é um máximo. beijo!

Anónimo disse...

huummm... Benedita... Essa terra é muito estranha. Se eu fosse a ti tinha cautela. E isso de andares aí à noite sozinho... também não me agrada nada... Se soudesse que ia ser assim não te tinha deixado ir! :)

Bruno Pires disse...

Olha que eu acho que a mulher gritava alto com a filha e deu-lhe um estalo mas não foi por estar chateada... Eles têm uma cultura diferente. ;) Fica bem!