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segunda-feira, 30 de maio de 2005

FRANZ LISZT (1811-1886)

COMPOSITOR E PIANISTA HÚNGARO



Franz Liszt nasceu na cidade húngara de Raiding, em Outubro de 1811. Considerado um dos melhores compositores de sempre e o melhor pianista da sua época, desde bem cedo demonstrou ter enorme talento, aos seis anos de idade foi-lhe proporcionada a hipótese de seguir uma educação musical adequada, e através do príncipe Nicolas Esterházy a família Liszt muda-se para Viena para que isso fosse possível. Liszt não só foi o maior pianista da sua época, mas também uma figura de destaque no movimento romântico, as suas composições eram únicas e bastante originais. O seu estilo pianístico, que influenciou Debussy e Ravel, caracterizava-se pela flexibilidade, pela liberdade de execução, pela procura de sonoridades novas e efeitos orquestrais, Franz Liszt deu aulas a alguns dos maiores pianistas da geração seguinte. Das muitas obras que compôs destacam-se a “Sinfonia Revolucionária” (1830); as “Rapsódias Húngaras” (1839-40), a “Faust Symphony” (1854), a “Symphony to Dante's Divina Commedia” (1855-56), a “Sonata para Piano em Si Menor” (1852-53), o “Concerto para Piano e Orquestra N.º 1 em Mi Bemol Maior “(1849) e o “Concerto para Piano e Orquestra N.º 2 em Lá Maior” (1839). Franz Lizst morreu em 1886, em Bayreuth, na Alemanha, mas antes deixou marcas que jamais desaparecerão, é talvez o húngaro com maior relevância em todo o mundo.

sábado, 28 de maio de 2005

RETALHOS DE UMA HISTÓRIA (2)

MAS QUEM SÃO REALMENTE OS HÚNGAROS?



Mas quem são realmente os Húngaros? Como se definem? Frequentemente dizem-se o povo “mais solitário” da Europa, pois não manifestam nenhuma ligação com os seus vizinhos. Esta situação é confirmada, em primeiro lugar, pela língua, completamente isolada em relação aos outros idiomas europeus. De facto, o húngaro, para quem não o conheça, é verdadeiramente incompreensível; não apresenta nenhuma afinidade com as outras línguas europeias, tanto românicas como germânicas, nem com o russo ou qualquer outra língua eslava. Com efeito, o húngaro pertence à família linguística ugro-finesa dos idiomas desenvolvidos entre os Urales e o Altai; seria, então, aparentada com as línguas faladas pelos Finlandeses, Estónios e Iacutes. Mas, actualmente, um húngaro não conseguirá compreender estas línguas, dado que estão muito diferenciadas. Em segundo lugar, subsiste um isolamento étnico que tem raízes antigas. Até ao século IX, os Húngaros ainda não se haviam fixado na sua pátria actual. Como eram nómadas, deslocavam-se continuamente nos territórios entre o Volga e os Urales. Só depois de muito séculos de migração para ocidente, período em que se uniram a outros grupos, reuniram-se na região correspondente à Hungria, levando consigo a sua língua, “rodeados de eslavos e germânicos” até ao nosso tempo. Os Húngaros são magiares, isto é, descendentes de uma antiga tribo dos Megyer, de origem ugro-finesa, que remonta ainda à dinastia dos Arpad, cujo fundador homónimo foi o lendário chefe dos Magiares durante a migração para o seu país actual. O termo “húngaro” remonta ao domínio do reino búlgaro de Onogug, a norte do mar Negro, que rebaptizou a região como Hungria, em língua eslava. No século XX, o país sofreu um grande desmembramento: com o Tratado do Trianon (1920), dois terços do território passaram para domínio estrangeiro. As fronteiras traçadas então são mais ou menos as actuais. Vivem na sua pátria cerca de onze milhões de húngaros e mais de três milhões nos países vizinhos, de que a maioria reside na Roménia. Ceausescu sempre negou a esta minoria, que conta cerca de dois milhões de pessoas, os direitos fundamentais, dando origem a frequentes conflitos entre os dois países. Mas também há centenas de milhares de húngaros na Eslováquia, na Voivodina russa e na Ucrânia. Hoje como ontem, é motivo de grande mágoa para os Húngaros a fragmentação da sua comunidade; mas, caso curioso, acham perfeitamente normal que milhão e meio de compatriotas tenham emigrado para os Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália e África. Todos os anos cerca de 200.000 dos seu descendentes visitam a sua pátria como turistas. Dentro das suas fronteiras, os Húngaros representam a maioria absoluta da população. Entre as minorias, sobressaem os romanis, isto é, aqueles que genérica e impropriamente se designam como zíngaros ou ciganos. Constituídos por um grupo de cerca de 500.000 pessoas, os romanis sempre caracterizaram a imagem folclórica e alegre da Hungria. Mas na realidade as coisas são muito diferentes; pois, como nunca usufruíram de nenhum direito no seio da sociedade, sofreram ao longo dos tempos ferozes perseguições, e ainda hoje são discriminados, segredados e objecto de atitudes racistas. (continua)

in Terras e Gentes - Europa do Norte e Europa do Leste

quinta-feira, 26 de maio de 2005

RETALHOS DE UMA HISTÓRIA (1)

O FIM DO COMUNISMO HÚNGARO E O INICIO DE UMA NOVA ERA



Em 23 de outubro de 1989, trinta e três anos depois da invasão dos carros blindados soviéticos para calar a revolta popular, os sinos tocaram em todas as igrejas de Budapeste. Na margem esquerda do Danúbio reunira-se uma multidão para assistir ao que poderia chamar-se o "fim oficial" do comunismo húngaro: a descida da estrela vermelha, com mais de mil quilos, que encimava o edifício do Parlamento, a quase cem metros de altura. Acabado o jugo de Moscovo, também as tropas soviéticas estacionadas na Hungria tiveram de deixar o país. Deste modo, acabou uma era da história húngara, que durou quarenta anos, durante a qual se tentou uma integração forçada do país na esfera de influência soviética. Os Húngaros nunca esqueceram que estavam mais ligados às tradições e à cultura do mundo ocidental; o seu gradual afastamento da esfera de influência soviética, nos finais dos anos 80, representou certamente um sinal para todos os outros países do Leste europeu. O corajoso contributo para destruir a Cortina de Ferro e a decisão, em 10 de Setembro de 1989, de permitir a milhares de refugiados da República Democrática Alemã que passassem para o mundo ocidental não podem ser esquecidos. O ministro dos Negócios Estrangeiros de então, Gyula Horn (n.1932), recebeu, em nome do país, o Karlpreis, isto é, o Prémio Internacional da Cidade de Aix-la-Chapelle. Também no período em que a Hungria fazia parte do bloco soviético continuou a ser igual a si mesma. Ao contrário dos outros países socialistas, que davam uma impressão de tristeza e melancolia, a Hungria sempre manteve a sua identidade nacional de país com uma história antiga, corajoso e orgulhoso, dinâmico e independente. Os dez milhões de turistas que todos os anos a visitam estão conscientes disso, hoje mais do que nunca. De facto, é a atmosfera húngara, com excepção do lago Balaton e da cidade de Budapeste, que constitui a atracção principal. A Hungria desempenhou no passado importantes funções políticas e diplomáticas. País de fronteira entre o Ocidente e o Leste europeu, ao longo dos anos tornou-se o território escolhido para encontro de parentes e amigos que viviam para além da Cortina de Ferro. Aliás, para os turistas provenientes dos outros Estados do bloco, tratava-se de um autêntico paraíso para fazer compras; e, para os turistas ocidentais, a Hungria representava um destino interessante.Actualmente são muito apreciadas as especialidades gastronómicas e o óptimo vinho. É também conhecidíssima a música húngara, não só a folclórica, mas especialmente a cigana, bem como os seus trajos tradicionais. (continua)

in Terras e Gentes - Europa do Norte e Europa do
Leste

domingo, 1 de maio de 2005

NEO

MÚSICA



Neo” é um dos projectos de maior relevo no seio da música electrónica Húngara. Apareceram em 1998, fundados por Mátyás Milkovics e por Márk Moldovai, até hoje sofreram algumas alterações sendo agora constituídos por Mátyás Milkovics, Enikő Hodosi, Péter Kőváry e Gergő Szőcs. Destacaram-se na música Húngara quando compuseram os temas da banda sonora do filme “Kontroll”, que foi apresentado no inicio deste ano na Alemanha. Um filme realizado por Nimród Antal que já mereceu a nomeação para os oscares num prestigiado festival dos Estados Unidos. “Kontroll” será agora apresentado em mais de 10 países, assim como a sua banda sonora. Em baixo deixo disponível para download um dos temas incluídos neste trabalho.

Gyalogkakukk "Its Over Now" (
download)

Site Oficial:
http://www.neo.hu